As fábulas de Esopo forneceram inspiração para escritores como Fedro e La Fontaine, que chegou a escrever um texto biográfico sobre o narrador grego. Tu, meu caro leitor, poderá reconhecer essas fábulas nos mais diversos recônditos, como por exemplo, numa música do Reginaldo Rossi, como é o caso d' A Raposa e as Uvas.


Nessas estorietas os protagonistas eram em sua maioria animais, mas homens e deuses também eram retratados em algumas das narrativas. O final das estórias sempre reserva um caráter moral, educativo.
É bom lembrar que essas narrativas fazem parte da tradição oral, ou seja, não foi Esopo que as reuniu e escreveu. Vou tentar postar pelo menos uma de suas fábulas por semana aqui no Farol. A dessa semana é:
O Morcego e as Doninhas*
Um morcego havia caído no chão.
Veio uma doninha e o capturou.
Já ia matá-lo quando o morcego implorou:
-Deixa-me viver.
-Impossível -respondeu a doninha-, pois sou inimiga de todos os pássaros desde que nasci
-Eu não sou um pássaro disse o outro.
E a Doninha o deixou ir embora.
Pouco depois o morcego caiu de novo e foi pego por outra doninha.
-Não me comas -suplicou
A doninha disse:
Detesto ratos.
O morcego falou:
-Não sou um rato, sou um morcego.
Mais uma vez conseguiu se salvar.
Assim, mudando duas vezes de nome, escapou da morte. A cada perigo, uma nova feição.
*Existem diversas versões dessa fábula por ai, optei pela ótima tradução de Antônio Carlos Viana editada pela L&PM na versão pocket. Essas edições de bolso da L&PM são as melhores nesse segmento e podem ser encontradas em diversos pontos de venda, tais como bancas de jornal e supermercados.

Faroleando o fabular:
Me parece que as doninhas o que tem "fofinhas" tem de "burrinhas". Ou então, como bem observou o primo Ariete A.K.A. Celobar:
"Rapaz, quem é meio cego é o morcego, mas acho que nessa fábula ai, as doninhas é que não enxergam muito bem."
A doninha acima é da raça black-footed (nigripes do Mustela). A imagem está hospedada no site North American Mammals.
Veio uma doninha e o capturou.
Já ia matá-lo quando o morcego implorou:
-Deixa-me viver.
-Impossível -respondeu a doninha-, pois sou inimiga de todos os pássaros desde que nasci
-Eu não sou um pássaro disse o outro.
E a Doninha o deixou ir embora.
Pouco depois o morcego caiu de novo e foi pego por outra doninha.
-Não me comas -suplicou
A doninha disse:
Detesto ratos.
O morcego falou:
-Não sou um rato, sou um morcego.
Mais uma vez conseguiu se salvar.
Assim, mudando duas vezes de nome, escapou da morte. A cada perigo, uma nova feição.
*Existem diversas versões dessa fábula por ai, optei pela ótima tradução de Antônio Carlos Viana editada pela L&PM na versão pocket. Essas edições de bolso da L&PM são as melhores nesse segmento e podem ser encontradas em diversos pontos de venda, tais como bancas de jornal e supermercados.
Faroleando o fabular:
Me parece que as doninhas o que tem "fofinhas" tem de "burrinhas". Ou então, como bem observou o primo Ariete A.K.A. Celobar:
"Rapaz, quem é meio cego é o morcego, mas acho que nessa fábula ai, as doninhas é que não enxergam muito bem."
A doninha acima é da raça black-footed (nigripes do Mustela). A imagem está hospedada no site North American Mammals.
6 comentários:
É, cada perigo com seu jeito de não se "ferrar"... muito bom esse post, parabens, grande Jeff :D
É isso ai pampa! Vou tentar manter essa onda da fábula. É meu livro de cabeceira há tempos...
Eu adoro ler e ouvir fábulas. Isso me lembra os tempos de escola. Obrigada Jeff.
Primo tua voz podia estar ruim ontem, mas teus escritos IMPOSSÍVEL. Parabéns pelo post e vamos torcer para que quando caírmos ao chão possamos enganar as doninhas também, pois elas são muito "ANARFA right in there"! :D
Ou a doninha era burra demais ou o morcego era tão esperto quanto "cego"... vai q a doninha era cega
Agradeço aos navegantes os comentários. Espero que as próximas fábulas também sejam apreciadas.
@br@ços!
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