quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Thank You Lucky Stars - #2 (Special Edition)

Faleceu ontem, 29 de setembro, o ator Tony Curtis.
Essa edição especial do Thank You Lucky Stars, é dedicada ao ator, que atuou em filmes inesquecíveis como “Quanto Mais Quente Melhor” e “Sweet Smell of Success”. Todas as imagens estão em HD e são do site: doctormacro.com

Curtis com Janet Leigh (Psicose) e o grande Orson Welles:


Com Jean Simmons e Kirk Douglas, nas gravações de "Spartacus":


A imagem abaixo é das gravações do Hilário filme do mestre Billy Wilder “Quanto Mais Quente Melhor”

 É claro que rolou um affair...

As gravações do filme ocorreram de forma bem menos engraçada em relação ao que aparece na edição final do filme. Marilyn Monroe estava cada vez mais sedada e errava sucessivamente falas curtas como: "Honey, it's me". Imagine as longas...
Como essa é uma edição especial de Thank You Lucky Stars, podemos colocar uma imagem colorida:

Tony Curtis (com o sax) e Jack Lemon (escondendo a birita), que atuou em Se meu apartamento falasse também de Billy Wilder, são dois músicos que se disfarçam de mulher, para poder tocarem numa banda feminina. Eles estão fugindo de mafiosos. Nessa banda encontram a explosão do tesão, Marilyn Monroe, que interpreta mais uma vez a loira tontinha, mas que é muito peituda e gostosinha. Há uma ótima cena em que seu personagem se passa por um herdeiro de um império industrial, e entra de penetra no iate de um ricaço para seduzir Marilyn. Curtis se inspirou em Cary Grant para compor o personagem do Herdeiro. 
E não é que ficou parecido... O jeito de falar é idêntico.
abaixo o trailer:


Thank You Lucky Stars - #1


Thank You Lucky Stars é o nome de um programa da TV inglesa onde bandas como os Beatles já tocaram. Mas também é nome de um livro, de um filme com Humphrey Bogart, Bette Davis e Olivia de Havilland e de um bootleg dos Smiths com canções ao vivo, entre diversos outros.


Aqui no Farol, Thank You Lucky Stars indica posts com as amadas imagens das "Lucky Stars" de filmes que são realmente das antigas.


As imagens em altísima definição que serão usadas nos posts são do glorioso site: Doctormacro

Para começarmos de forma bem "decente": 

GARBO, G A R B O, G-A-R-B-O, G.A.R.B.O.
"SHE HAS NO BAD ANGLES"

Um olhar ébrio que envolve um segredo

A imagem acima é da versão americana da adaptação para cinema da peça de Eugene O'neill Anna Christie (1930). Garbo interpreta a filha relegada de um marinheiro, que depois de anos se reencontra com o pai.
Skaal!! Garbo

Clique na imagem para ver seu tamanho original em HD

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

60 itens sobre os anos 60: Vol. 1 - Jeannie é um Gênio

Para comemorar o fim do mês de agosto, o farol realinha as lentes e dá continuidade ao projeto 60 itens sobre os anos 60.
Quem não se lembra da louraça satanás que fazia a alegria dos espectadores punheteiros do programa do Luciano Huck na Band?
Pois é, o lance com o nome dela, a Feiticeira, foi digamos uma sacada "genial"? com duas séries mega-super-hiper clássicas dos anos 60. 
- Hã?
- Como assim?
Conforme dito no post sobre a proposta do projeto, o primeiro item dos anos 60 é a querida série Jeannie é um Gênio, que no original se chama "I Dream of Jeannie" algo como "eu sonho com Jeannie". 
Prefiro a tradução esperta que o título da série recebeu por aqui. Topei com o seriado no canal Nickelodeon no final da noite, quando chegava do trabalho e queria ver algo mais light na TV enquanto podia aproveitar um pacote "promocional" da extinta e sebosa BIG TV. Hoje em dia esse é o pacote básico da VIA Embratel. =O
Criado por Sidney Sheldon, - ele mesmo, o escritor best seller com mais de 300 milhões de exemplares vendidos - o seriado foi ao ar pela primeira vez em 18 de setembro de 1965 e teve  um total de 139 episódios em cinco temporadas
Com o sucesso da série "A Feiticeira", (entenderam a sacada do nome da louraça belzebu do programa do Huck na band? Ela se vestia como a Jeannie ai em cima, mas tinha o nome da série também "mágica" da foto abaixo) a proposta do escritor era criar algo no mesmo gênero, - convidando inclusive o mesmo pessoal da produção de "A Feiticeira" - mas essa nova proposta tinha o intuito de fazer algo mais apimentado, "menos" tipo a foto abaixo, e "mais" tipo a foto acima. \o/ 
Entenderam...
- Mas como fazer isso nos anos 60?
Com muito jeito Sheldon ia driblando a censura americana, tão pudica quanto burra, e ia dosando com cuidado a sensualidade da atriz Bárbara Eden num roteiro que permitia certas situações inusitadas para a época, como a roupa digamos... sensual que a protagonista usava. O fato de uma mulher morar com um homem sem ser casada com ele (sei que parece ridículo, mas o contexto era bem outro, e no EUA nem se fala), sem contar o grande apelo -secreto e escancarado ao mesmo tempo- da série, que tinha como protagonista uma mulher que poderia realizar todos os "desejos" de um homem. Além da protagonista, faziam parte do elenco o capitão, e em seguida major da NASA, Anthony Nelson (Larry Hagman, que fez mais de 11 temporadas da série Dallas), o Major e amigo de Nelson, Roger Healey (Bill Daily) e o ótimo Dr. Alfred Bellows (Hayden Rorke), que me trouxe boas risadas com suas tentativas frustradas em tentar "desmascarar" as supostas "doidices-que-não-fazem-sentido-algum" que sempre aconteciam com Major Nelson. 
O visual da série é bem colorful (curiosidade: a primeira temporada foi exibida em preto e branco e colorizada depois) "isto é so sixties" e os efeitos visuais bem simples, mas eficazes para quem não tinha computação gráfica. Não havia muitas externas, afinal era TV. E o fascínio americano pelo espaço está registrado de forma gritante na profissão do major Nelson. 
Nos bastidores Larry Hagman não era tão paciente e agradável como aparecia na série. Andava enchendo a cara e enciumado com o sucesso de Bárbara. Chegou certo dia bem mamado no set e deu uma mijada cretina no cenário. 
Com o casamento dos dois protagonistas na quinta temporada a série perdeu fôlego e acabou. 
"A feiticeira" não sei como, -ainda não assisti para dar minha opinião- durou bem mais, pois havia começado um ano antes e terminou dois anos depois de Jeannie. 
Já houve várias tentativas de adaptar a série para o cinema, mas a dificuldade em atualizar o roteiro acabou por engavetar os projetos. Melhor assim, a adaptação para cinema de A Feiticeira é um cocô, me desculpe ai Nicole, mas é sim!


*As imagens foram obtidas no google images. Divulgação.

Abaixo vídeo da versão francesa "Jinny" com a abertura e o encerramento do seriado. Confesso que a animação criada para a abertura não ficou muito parecida com os personagens da série, mas é bem sixties. É o que importa!

sábado, 31 de julho de 2010

Momento "Chiaroscuro"

Foi o mestre renascentista Leonardo da Vinci que criou a técnica, mas foi outro mestre que a alçou ao extremo, gerando o "espírito barroco" e a escola  italiana que seria conhecida como "Tenebrismo". Um dos rebentos do gênio Michelangelo Merisi da Caravaggio.


"É impossível conhecê-lo e não amá-lo, amá-lo e não segui-lo."

Creio que a frase acima, que achei num certo local da Epitácio Pessoa, é mais adequada a essa pintura. A imagem que foi originalmente utilizada naquela faixada é muito barroca.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.7

Esse Vol. 7 do confabulando o fabular vai para o primo Celobar, que indagou sobre presença constante das raposas nas fábulas. Acho que essa conversinha abaixo esclarece um pouco a questão.

A Raposa e a Pantera

-Veja dizia a pantera -, o brilho cambiante de minha pele.
-Entre nós, raposas, não é o corpo que brilha, mas a inteligência. 

Faroleando o fabular:

Essa "pabulosa" pantera  sim, é que merece um tapa!



O wallpaper acima pertence ao site imotion.com.br. É só dar uma tap... quer dizer, clicar nele para baixar. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

1001 momentos das 1001 noites - vol. IV

Além de todas as preciosas notas, o tradutor da nova edição das 1001 noites, o professor Mamede Mustafa Jarouche nos presenteou com ótimos anexos que incluem entre outros, uma versão diferente do "Prólogo Moldura", que narra as desventuras do Rei Šāhriyār (lê-se Charyar) e seu irmão mais novo. É nesse prólogo que Šahrāzād (lê-se Charázád) e sua irmã são apresentadas. Esse texto antecede a primeira das 1001 noites. É dessa versão do prólogo que consta nos anexos que se encontra o momento abaixo:        

No palácio do rei havia janelas que davam para o jardim de seu irmão; Šāh Zamān olhou por elas e viu que a porta do palácio se abrira, dela saindo vinte escravas e vinte escravos; a mulher de seu irmão caminhava entre eles, extremamente bela e formosa; chegaram até a fonte, despiram-se e se acomodaram uns junto com os outros; foi então que a mulher do rei Šāhriyār gritou: "Ó Mascūd!", e veio até ela um escravo negro que a abraçou, e ela a ele; derrubou-a ao solo e a possuiu, e assim fizeram os outros escravos com as escravas. Permaneceram em beijos, abraços, fornicações e tudo o mais até que o dia se findou.   


No próximo 1001 momentos, a versão desse mesmo momento no ramo sírio. É bem mais quente, cretina e detalhada!

A imagem acima é do site já citado no último post dos 1001 momentos.

domingo, 11 de julho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.6

Quase que não sai a fábula da semana... 
Pelas Caridade :-O
Para compensar o atraso, encontrei umas animações em flash bem interessantes no uol, elas ilustram algumas fábulas atribuídas Esopo. A escolhida para esse post também foi recontada por La fontaine.

A cigarra e a formiga

Clique aqui para ver a animação

Encontrei uma versão de Bocage (que merece um post caprichado) para essa fábula no Wikipédia. Espero que seja de autoria dele mesmo. Se bem que li uma matéria falando que havia tantos erros na tradicional Encyclopedia Britannica que a tornava equivalente ao controverso site em precisão nas informações disponibilizadas. De qualquer forma é uma ótima adaptação.


A Cigarra e a Formiga

Tendo a cigarra em cantigas no inverno
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Até voltar o aceso estio.

- "Amiga", diz a cigarra,
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: - "Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora."
- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dançe agora!"



Gustave Doré, autor da ilustração acima (La cigale et la fourmi) também merece um post bem generoso, foi autor de inúmeras gravuras baseadas em obras literárias, como as inesquecíveis imagens do inferno dantesco. Aqui nós temos uma leitura bem direta da fábula, onde os personagens foram humanizados, observem que a "cigarra" está se dirigindo às crianças e que a mãe "formiga" aparenta estar apreensiva. É o sedutor canto da cigarra.

Faroleando o fabular

Que formiga abuZada e amarrada, porque não fez um acordo com a cigarra? Já que ela era tão competente cantora, poderia tocar agradáveis canções em troca de comida. Afinal, nem só de pão vive o homem. Eita mundo mais miserável!