quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Thank You Lucky Stars - #2 (Special Edition)

Faleceu ontem, 29 de setembro, o ator Tony Curtis.
Essa edição especial do Thank You Lucky Stars, é dedicada ao ator, que atuou em filmes inesquecíveis como “Quanto Mais Quente Melhor” e “Sweet Smell of Success”. Todas as imagens estão em HD e são do site: doctormacro.com

Curtis com Janet Leigh (Psicose) e o grande Orson Welles:


Com Jean Simmons e Kirk Douglas, nas gravações de "Spartacus":


A imagem abaixo é das gravações do Hilário filme do mestre Billy Wilder “Quanto Mais Quente Melhor”

 É claro que rolou um affair...

As gravações do filme ocorreram de forma bem menos engraçada em relação ao que aparece na edição final do filme. Marilyn Monroe estava cada vez mais sedada e errava sucessivamente falas curtas como: "Honey, it's me". Imagine as longas...
Como essa é uma edição especial de Thank You Lucky Stars, podemos colocar uma imagem colorida:

Tony Curtis (com o sax) e Jack Lemon (escondendo a birita), que atuou em Se meu apartamento falasse também de Billy Wilder, são dois músicos que se disfarçam de mulher, para poder tocarem numa banda feminina. Eles estão fugindo de mafiosos. Nessa banda encontram a explosão do tesão, Marilyn Monroe, que interpreta mais uma vez a loira tontinha, mas que é muito peituda e gostosinha. Há uma ótima cena em que seu personagem se passa por um herdeiro de um império industrial, e entra de penetra no iate de um ricaço para seduzir Marilyn. Curtis se inspirou em Cary Grant para compor o personagem do Herdeiro. 
E não é que ficou parecido... O jeito de falar é idêntico.
abaixo o trailer:


Thank You Lucky Stars - #1


Thank You Lucky Stars é o nome de um programa da TV inglesa onde bandas como os Beatles já tocaram. Mas também é nome de um livro, de um filme com Humphrey Bogart, Bette Davis e Olivia de Havilland e de um bootleg dos Smiths com canções ao vivo, entre diversos outros.


Aqui no Farol, Thank You Lucky Stars indica posts com as amadas imagens das "Lucky Stars" de filmes que são realmente das antigas.


As imagens em altísima definição que serão usadas nos posts são do glorioso site: Doctormacro

Para começarmos de forma bem "decente": 

GARBO, G A R B O, G-A-R-B-O, G.A.R.B.O.
"SHE HAS NO BAD ANGLES"

Um olhar ébrio que envolve um segredo

A imagem acima é da versão americana da adaptação para cinema da peça de Eugene O'neill Anna Christie (1930). Garbo interpreta a filha relegada de um marinheiro, que depois de anos se reencontra com o pai.
Skaal!! Garbo

Clique na imagem para ver seu tamanho original em HD

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

60 itens sobre os anos 60: Vol. 1 - Jeannie é um Gênio

Para comemorar o fim do mês de agosto, o farol realinha as lentes e dá continuidade ao projeto 60 itens sobre os anos 60.
Quem não se lembra da louraça satanás que fazia a alegria dos espectadores punheteiros do programa do Luciano Huck na Band?
Pois é, o lance com o nome dela, a Feiticeira, foi digamos uma sacada "genial"? com duas séries mega-super-hiper clássicas dos anos 60. 
- Hã?
- Como assim?
Conforme dito no post sobre a proposta do projeto, o primeiro item dos anos 60 é a querida série Jeannie é um Gênio, que no original se chama "I Dream of Jeannie" algo como "eu sonho com Jeannie". 
Prefiro a tradução esperta que o título da série recebeu por aqui. Topei com o seriado no canal Nickelodeon no final da noite, quando chegava do trabalho e queria ver algo mais light na TV enquanto podia aproveitar um pacote "promocional" da extinta e sebosa BIG TV. Hoje em dia esse é o pacote básico da VIA Embratel. =O
Criado por Sidney Sheldon, - ele mesmo, o escritor best seller com mais de 300 milhões de exemplares vendidos - o seriado foi ao ar pela primeira vez em 18 de setembro de 1965 e teve  um total de 139 episódios em cinco temporadas
Com o sucesso da série "A Feiticeira", (entenderam a sacada do nome da louraça belzebu do programa do Huck na band? Ela se vestia como a Jeannie ai em cima, mas tinha o nome da série também "mágica" da foto abaixo) a proposta do escritor era criar algo no mesmo gênero, - convidando inclusive o mesmo pessoal da produção de "A Feiticeira" - mas essa nova proposta tinha o intuito de fazer algo mais apimentado, "menos" tipo a foto abaixo, e "mais" tipo a foto acima. \o/ 
Entenderam...
- Mas como fazer isso nos anos 60?
Com muito jeito Sheldon ia driblando a censura americana, tão pudica quanto burra, e ia dosando com cuidado a sensualidade da atriz Bárbara Eden num roteiro que permitia certas situações inusitadas para a época, como a roupa digamos... sensual que a protagonista usava. O fato de uma mulher morar com um homem sem ser casada com ele (sei que parece ridículo, mas o contexto era bem outro, e no EUA nem se fala), sem contar o grande apelo -secreto e escancarado ao mesmo tempo- da série, que tinha como protagonista uma mulher que poderia realizar todos os "desejos" de um homem. Além da protagonista, faziam parte do elenco o capitão, e em seguida major da NASA, Anthony Nelson (Larry Hagman, que fez mais de 11 temporadas da série Dallas), o Major e amigo de Nelson, Roger Healey (Bill Daily) e o ótimo Dr. Alfred Bellows (Hayden Rorke), que me trouxe boas risadas com suas tentativas frustradas em tentar "desmascarar" as supostas "doidices-que-não-fazem-sentido-algum" que sempre aconteciam com Major Nelson. 
O visual da série é bem colorful (curiosidade: a primeira temporada foi exibida em preto e branco e colorizada depois) "isto é so sixties" e os efeitos visuais bem simples, mas eficazes para quem não tinha computação gráfica. Não havia muitas externas, afinal era TV. E o fascínio americano pelo espaço está registrado de forma gritante na profissão do major Nelson. 
Nos bastidores Larry Hagman não era tão paciente e agradável como aparecia na série. Andava enchendo a cara e enciumado com o sucesso de Bárbara. Chegou certo dia bem mamado no set e deu uma mijada cretina no cenário. 
Com o casamento dos dois protagonistas na quinta temporada a série perdeu fôlego e acabou. 
"A feiticeira" não sei como, -ainda não assisti para dar minha opinião- durou bem mais, pois havia começado um ano antes e terminou dois anos depois de Jeannie. 
Já houve várias tentativas de adaptar a série para o cinema, mas a dificuldade em atualizar o roteiro acabou por engavetar os projetos. Melhor assim, a adaptação para cinema de A Feiticeira é um cocô, me desculpe ai Nicole, mas é sim!


*As imagens foram obtidas no google images. Divulgação.

Abaixo vídeo da versão francesa "Jinny" com a abertura e o encerramento do seriado. Confesso que a animação criada para a abertura não ficou muito parecida com os personagens da série, mas é bem sixties. É o que importa!

sábado, 31 de julho de 2010

Momento "Chiaroscuro"

Foi o mestre renascentista Leonardo da Vinci que criou a técnica, mas foi outro mestre que a alçou ao extremo, gerando o "espírito barroco" e a escola  italiana que seria conhecida como "Tenebrismo". Um dos rebentos do gênio Michelangelo Merisi da Caravaggio.


"É impossível conhecê-lo e não amá-lo, amá-lo e não segui-lo."

Creio que a frase acima, que achei num certo local da Epitácio Pessoa, é mais adequada a essa pintura. A imagem que foi originalmente utilizada naquela faixada é muito barroca.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.7

Esse Vol. 7 do confabulando o fabular vai para o primo Celobar, que indagou sobre presença constante das raposas nas fábulas. Acho que essa conversinha abaixo esclarece um pouco a questão.

A Raposa e a Pantera

-Veja dizia a pantera -, o brilho cambiante de minha pele.
-Entre nós, raposas, não é o corpo que brilha, mas a inteligência. 

Faroleando o fabular:

Essa "pabulosa" pantera  sim, é que merece um tapa!



O wallpaper acima pertence ao site imotion.com.br. É só dar uma tap... quer dizer, clicar nele para baixar. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

1001 momentos das 1001 noites - vol. IV

Além de todas as preciosas notas, o tradutor da nova edição das 1001 noites, o professor Mamede Mustafa Jarouche nos presenteou com ótimos anexos que incluem entre outros, uma versão diferente do "Prólogo Moldura", que narra as desventuras do Rei Šāhriyār (lê-se Charyar) e seu irmão mais novo. É nesse prólogo que Šahrāzād (lê-se Charázád) e sua irmã são apresentadas. Esse texto antecede a primeira das 1001 noites. É dessa versão do prólogo que consta nos anexos que se encontra o momento abaixo:        

No palácio do rei havia janelas que davam para o jardim de seu irmão; Šāh Zamān olhou por elas e viu que a porta do palácio se abrira, dela saindo vinte escravas e vinte escravos; a mulher de seu irmão caminhava entre eles, extremamente bela e formosa; chegaram até a fonte, despiram-se e se acomodaram uns junto com os outros; foi então que a mulher do rei Šāhriyār gritou: "Ó Mascūd!", e veio até ela um escravo negro que a abraçou, e ela a ele; derrubou-a ao solo e a possuiu, e assim fizeram os outros escravos com as escravas. Permaneceram em beijos, abraços, fornicações e tudo o mais até que o dia se findou.   


No próximo 1001 momentos, a versão desse mesmo momento no ramo sírio. É bem mais quente, cretina e detalhada!

A imagem acima é do site já citado no último post dos 1001 momentos.

domingo, 11 de julho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.6

Quase que não sai a fábula da semana... 
Pelas Caridade :-O
Para compensar o atraso, encontrei umas animações em flash bem interessantes no uol, elas ilustram algumas fábulas atribuídas Esopo. A escolhida para esse post também foi recontada por La fontaine.

A cigarra e a formiga

Clique aqui para ver a animação

Encontrei uma versão de Bocage (que merece um post caprichado) para essa fábula no Wikipédia. Espero que seja de autoria dele mesmo. Se bem que li uma matéria falando que havia tantos erros na tradicional Encyclopedia Britannica que a tornava equivalente ao controverso site em precisão nas informações disponibilizadas. De qualquer forma é uma ótima adaptação.


A Cigarra e a Formiga

Tendo a cigarra em cantigas no inverno
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Até voltar o aceso estio.

- "Amiga", diz a cigarra,
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: - "Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora."
- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dançe agora!"



Gustave Doré, autor da ilustração acima (La cigale et la fourmi) também merece um post bem generoso, foi autor de inúmeras gravuras baseadas em obras literárias, como as inesquecíveis imagens do inferno dantesco. Aqui nós temos uma leitura bem direta da fábula, onde os personagens foram humanizados, observem que a "cigarra" está se dirigindo às crianças e que a mãe "formiga" aparenta estar apreensiva. É o sedutor canto da cigarra.

Faroleando o fabular

Que formiga abuZada e amarrada, porque não fez um acordo com a cigarra? Já que ela era tão competente cantora, poderia tocar agradáveis canções em troca de comida. Afinal, nem só de pão vive o homem. Eita mundo mais miserável!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

1001 momentos das 1001 noites - vol. III

Para marcar o final da leitura do primeiro e soberbo volume do Livro das Mil e uma Noites, um momento bem divertido e picante da narrativa que conta a estória d'O Carregador e as Três Jovens de Bagdá:
Eu tive notícia de que a jovem porteira mergulhou na água, boiou, banhou-se, brincou, bateu os pés como pato, pôs água na boca e espirrou nos outros, lavou sob os seios, lavou a entreperna, bem como o interior do umbigo, e saiu rapidamente da piscina, naquele estado, sentando-se então no colo do carregador, a quem perguntou: "Meu senhor, meu querido, o que é isso?" - Enquanto colocava a mão na vagina - " o que é isso?". O Carregador respondeu: "seu útero". Ela disse: "Nossa! Não tem vergonha?", e lhe deu pancadas no cangote. Ele disse: "sua greta", e então foi a outra que gritou, beliscou-o e disse "Ih que coisa mais feia!". Ele disse: "sua boceta", e ai foi a terceira que lhe esmurrou o peito, derrubando-o, e disse: "Xi, tenha vergonha!". Ele disse: "Seu clitóris", e a que estava nua aplicou-lhe uns tapas e disse: "Não!". Ele disse: "Sua vagina, sua chavasca, sua xereca", enquanto ela dizia: "não, não".

A bela ilustração acima é de Jiri Trnka, para uma edição norte-americana de 1960 das 1001 noites. Essa, além de outras imagens para essa edição podem ser encontradas nesse site 

O trecho usado nesse post foi traduzido por Mamede Mustafa Jarouche direto do árabe para a edição em 03 volumes das 1001 noites, editada pela editora Globo. 

quarta-feira, 7 de julho de 2010

60 itens sobre os anos 60

Quando escuto as pessoas conversarem sobre vidas passadas, eu logo imagino que se isso de fato existe, pelo menos uma dessas vidas eu vivi intensamente nos anos 60. Sempre me identifiquei com as ideias, ideais e principalmente com a efervescência cultural.

É uma afinidade muito natural, sempre acontece de forma espontânea. Às vezes me pego vendo um filme ou ouvindo uma canção que nem foi produzida naquela época, mas guarda alguma referência ou tem aquele clima tão peculiar, como é o caso do "The Last Shadow Puppets", projeto alternativo de Alex Turner, vocalista do Arctic Monkeys, que me pegou logo na primeira audição, quer dizer, logo que vi o maravilhoso clipe de "Standing Next to Me", totalmente inspirado nos programas de TV dos anos 60, que exibiam as bandas da época no que seriam os videoclipes de hoje. Impossível não lembrar dos Beatles em "A Hard Day's Night", com aqueles terninhos e calças de cano curto além daquelas botas com bico fino. Adicione aquelas garotas vestindo tubinhos e fazendo aquela dança mexendo com os braços, as câmeras gigantes, jogo de luzes como um eficiente recurso, tudo tão... tão 60's . Pois é,

Todo moderno:
Tem pelo menos um clássico por trás:
Mas além dessa citação "so Beatles", há uma regravação (lado B do single "My Mistakes Were Made for You") de uma dupla de muito sucesso naquela dédaca, Nancy Sinatra e Lee Hazzlewood, "Paris Summer". Quando ouvi, achei que era algo original, mas inspirado na dupla, como estava ouvindo bastante a Nancy na época em que descobri a banda (será coincidência?) acabei por descobrir que a dupla havia gravado aquela canção e o The Last... havia feito um competente cover. Só citando duas das inúmeras referências.
Sem dúvida os anos 60 abriram definitivamente um admiravel mundo novo de sons, cores, imagens e ideias que ainda reverberam na mais diversas formas possíveis. Com esse post, dou início a uma nova proposta para o Farol e espero compartilhar nesses 60 "itens" que virão, um pouco da minha paixão por essa tão amada e recorrente década. Aproveitando que há alguns dias atrás terminei de ver todas as temporadas da série "I dream of Jeannie" que ficou conhecida por aqui como "Jeannie é um gênio", iniciarei os posts dessa nova proposta com a Jeannie, o Major Nelson e toda a turminha.

A trilha sonora para composição desse post:
  • Nancy & Lee (1968)
  • Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (1967)
  • Dusty in Memphis [Especial Edition] (1969)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.5


Jean de La Fontaine (1621-1695) tinha formação em Direito e Teologia, mas sua verdadeira paixão sempre foi a literatura. Apesar de ser mais conhecido como fabulista, também escreveu versos e publicou um romance: Os Amores de Psique e Cupido. Mesmo sem conhecer esse romance, o título me remeteu ao belo mito de Psique e Cupido, que pode ser lido no link do ótimo site Olimpo e Tróia que está na imagem abaixo:

Apesar de não trazer temas novos, suas fábulas requintavam com típica ironia e humor (recorrentes nas letras francesas de seu tempo) as fábulas atribuídas a Esopo e mais tarde lapidadas por Fedro, ambos já comentados por aqui. La Fontaine fazia parte da fabulosa corte do rei Luis XIV. Foi contemporâneo de Molière, Racine e Boileau, com quem formou o "Quarteto da Rue du Vieux Colombier". (Que nome pomposo!)Em sua primeira coletânea de fábulas escreveu no prefácio:

"Sirvo-me de animais para instruir os homens."

Faleceu aos 73 anos, sendo considerado o "pai" da fábula moderna.

A Raposa e a Cegonha

A Raposa convidou a Cegonha para jantar e lhe serviu sopa em um prato raso.
-Você não está gostando de minha sopa? - Perguntou, enquanto a cegonha bicava o líquido sem sucesso.
- Como posso gostar? - A Cegonha respondeu. vendo a Raposa lamber a sopa que lhe pareceu deliciosa. Dias depois foi a vez da cegonha convidar a Raposa para comer na beira da Lagoa, serviu então a sopa num jarro largo embaixo e estreito em cima.
- Hummmm, deliciosa! - Exclamou a Cegonha, enfiando o comprido bico pelo gargalo - Você não acha?
A Raposa não achava nada nem podia achar, pois seu focinho não passava pelo gargalo estreito do jarro. Tentou mais uma ou duas vezes e se despediu de mau humor, achando que por algum motivo aquilo não era nada engraçado.
MORAL: às vezes recebemos na mesma moeda por tudo aquilo que fazemos.


Versão atribuída a Esopo:

A Raposa e a Cegonha

A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.

- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.
- Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.

No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.

- Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estômago o que senti ontem.

(Quem com ferro fere, com ferro será ferido)

Faroleando o fabular:
Quem nunca se sentiu cegonha, ou não encarnou uma raposa? Mesmo sem querer, pois "As piores desgraças são feitas com as melhores intenções" (O. Wilde)

Fontes:
CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "LA FONTAINE (1621-1695)" [online]
Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/litinf/autores/lafontaine/lafontaine.htm
Capturado em 1/7/2010

http://aguerradetroia.wordpress.com/2009/05/28/eros-cupido-e-psique/
http://www.pensador.info/frase/NTgzNzY/

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.4

Dobradinha no vol. 4 do confabulando o fabular.
Atendendo a pedidos, eis uma fábula de La Fontaine (falo sobre ele no próximo confabulando o fabular), inspirada em uma fábula atribuída a Esopo.

A Cobra e a Lima

Conta-se que uma cobra vivia próxima de uma joalheria.
Certa vez, morta de fome, entrou ali, procurando restos de comida, nada achando, põe-se a roer desesperadamente uma lima.
A lima então lhe diz: -que pretendes, infeliz?
Não vez que sou feita de aço?
E que assim, sem mesmo me prejudicar, você estará prejudicando a si mesma?
Percebe que logo não terá dentes para usar, e eu continuarei assim a mesma?...

Essa fábula foi nitidamente inspirada pela narrativa a seguir, atribuída a Esopo que mostra a disputa entre uma lima e uma burrin... ops! doninha:

A Lima e a Doninha*

Uma doninha entrara no ateliê de um ferreiro
e se pôs a lamber uma lima que estava no chão.
Sua língua começou a sangrar abundantemente.
Ela não se deu por vencida, achando que era o ferro que estava sendo comido.
Quando se deu conta, estava sem a língua.
Quem gosta de um contenda trabalha pela própria desgraça.


Faroleando o fabular:
Observem a doninha acima, essa foto foi tirada alguns momentos antes do encontro fatídico.
"-Essa é da bôua!!!"

Foi o que alguns ouviram a danadinha dizer...

Referências:
*Tradução de Antônio Carlos Viana
http://lorenamossa.blogspot.com/2009/08/fabula-de-la-fontaine-cobra-e-lima.html
http://sitededicas.uol.com.br/gifs/novos_gifs/serpente_e_a_lima.gif

1001 momentos das 1001 noites - vol. II

Do silêncio.

Belíssimo momento da 74ª noite das histórias das mil e uma noites.
Um pai moribundo recomenda ao filho:

Observe o silêncio, desvie os olhos dos defeitos alheios
e contenha a sua língua, pois já se dizia:
'quem observa o silêncio se salva'*
Também ouvi o poeta dizer:

'Mudez é adorno e silêncio é segurança;
se acaso falares, não sejas linguarudo, pois,

ainda que alguma vez te arrependas de tua mudez,
de teres falado sempre te arrependerás'.


Tradução de
Mamede Mustafa Jarouche
*provérbio popular

A imagem abaixo está hospedada no site Art, Poetry & Pen de Nora Corner


terça-feira, 22 de junho de 2010

Trabalhando a "Resenha Crítica" - Umberto D.

Foi durante o estágio que tive vontade de voltar aqui para o Farol. Depois de ler algumas das resenhas críticas que haviam sido tema de algumas de minhas aulas, no módulo de produção textual, fiquei animado para retornar publicando pelo menos uma daquelas que se destacaram. Finalmente estou cumprindo a promessa. "Pelas Caridade"\o/

IEP
Aluna: Auricléia N. da Siva

Nº: 05
Turma: 3º TC
Disciplina: Língua Portuguesa

Resenha crítica do filme Umberto D.

Umberto D é um filme que se passa na Itália dos anos 50. Conta a estória de um senhor aposentado que tem como melhor amigo seu cachorro Flike. O filme gira em torno da solidão, anseios e frustrações pelos quais passam os idosos ao se aposentarem. Umberto mora numa pensão com o seu cachorro, mas ultimamente andou atrasando o aluguel e a dona do lugar está tentando despachá-lo. Maria, a empregada da pensão, vive ajudando o seu Umberto. Ela está grávida, mas não sabe quem é o pai da criança. A moça considera-o como um pai, cultivando um grande carinho por ele.

Esse drama que retrata muito bem as limitações e o desamparo que atinge muitos idosos, nos traz uma visão muito realista da solidão e do abandono causados pela família e pela sociedade. Apesar de todas as dificuldades, Umberto não vai desistir tão facilmente e vai usar todos os recursos disponíveis para sobreviver. Mesmo com baixo custo de produção e usando alguns atores que não eram profissionais, este ótimo filme consegue segurar seus telespectadores, fazendo-os acompanhar atentamente todas as aventuras de Umberto e seu cachorro.

Parabéns Auricléia, obrigado pela ajuda e atenção durante as aulas e pela ótima recepção.
@br@ço!

sábado, 19 de junho de 2010

Adeus Saramago

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais."


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.3

Conforme escrito no último Confabulando o Fabular, as fábulas de Fedro que havia encontrado eram idênticas as que são atribuídas a Esopo. De fato, Fedro além de fixar essas fábulas (passar da tradição oral para a forma escrita) foi responsável por lapidá-las estilisticamente.
Assim como Esopo, Caio Júlio Fedro foi um escravo alforriado, mas seus dados biográficos são bem mais acessíveis que os de Esopo, possuindo diversos registros. Consultando nosso oráculo moderno, o Google, encontrei bastante informação. Com bom senso, a rede se torna uma aliada imprescindível, e selecionando as fontes mais interessantes, que geralmente estão presentes em sites de universidades e professores, além de artigos publicados, a pesquisa ganha em qualidade.
No site do professor Márcio Luiz Moitinha Ribeiro (UERJ) há três dessas fábulas de Fedro. Escolhi obviamente a que narra a Raposa e as Uvas. Além da versão original em latim, há uma apreciação bastante completa das fábulas selecionadas pelo professor no site onde seu artigo foi publicado.

Versão em Latim:

De Vulpe Et Vua


Fame coacta uulpes alta in uinea
Uuam adpetebat summis saliens uiribus;quam tangere ut non potuit, discedens ait:
“nondum matura est; nolo acerbam sumere”.
Qui, facere quae non possunt, uerbis eleuant,
adscribere hoc debebunt exemplum sibi.

Tradução:

A Raposa e a Uva

Coagida (impelida) pela fome, a raposa cobiçava o cacho de uva
na alta parreira, pulando com todas as forças;
como não pôde tocá-la, disse, afastando-se:
“Ainda não está madura: não quero apanhá(-la) verde (azeda)”
(Os) que diminuem com palavras, (as coisas) que não podem fazer, deverão aplicar para si este exemplo.

Tradução da versão atribuída a Esopo*:

A Raposa e as Uvas

Um raposa estava com muita fome
e viu uma cacho de uvas numa latada[1].
Quis pegá-lo, mas não conseguiu. Ao se afastar, disse para si mesma:
-Estão verdes.
O Homem que culpa a circunstâncias fracassa e não vê que o incapaz é ele mesmo

*tradução de Antônio Carlos Viana
[1] Grade de ripas, varas ou canas, na qual se apoiam trepadeiras, parreiras etc.

Faroleando o fabular:

Apesar das sutis diferenças de estilo, a fábula permanece inalterada em sua essência, a qual aparece caracterizada numa das formas mais recorrentes nesse tipo de narrativa. É aquela essência que repousa na maioria das vezes sob os andrajos que cobrem "as fraquezas humanas e suas questões mais vis".

segunda-feira, 14 de junho de 2010

1001 momentos das narrativas das 1001 noites

Segundo Ricardo Piglia, o autor de escrita oracular Jorge Luis Borges nunca mostrou muito interesse por mestres do romance, tais como Marcel Proust e Thomas Mann. Borges acreditava que o romance sendo alheio às formas orais não podia ser considerado como narrativa. Para o autor a arte de narrar estaria totalmente atrelada a ouvir um relato que se possa escrever e escrever um relato que se possa contar em voz alta.
Sua paixão pelas narrativas das mil e uma noites era notória, tanto que em 1977 Borges proferiu uma série de sete conferências no Teatro Coliseo de Buenos Aires, dedicando a terceira delas as Mil e Uma Noites. É fácil entender tal romance de Borges com tais narrativas, pois, ainda estou nas primeiras páginas e já estou completamente absorvido e enamorado pelas astúcias e peripécias narradas nesse livro maravilhoso, de temas tão variados e pertinentes.
Sexo, poder e honra como tríade básica na sustentação dos pilares que constituem essa gigantesca obra.
Durante a leitura, surgiu a ideia de apresentar aqui no Farol 1001 momentos destas narrativas em pequenos trechos. Espero dessa forma compartilhar meu imenso prazer em ler obra tão especial , acessível e necessária.

A tradução é de Mamede Mustafa Jarouche, que finalmente proporcionou ao público brasileiro uma tradução direto do árabe, repleta de notas e informações complementares que enriquecem ainda mais esta fantástica obra. Abaixo há o link para uma entrevista que o autor cedeu a editora Globo em 2007, que foi responsável pela caprichada edição: Clique aqui


Trechinho da trigésima noite, na qual o carregador tenta persuadir as deliciosas 3 jovens e uma delas lhe responde:

"Preserva sempre o segredo:
a ninguém o confies,
pois quem confia o segredo já o perdeu.
Se em teu peito não cabe o teu segredo,
como poderia ele caber no peito de um outro?
".

A imagem acima é do Pinball das 1001 noites, pertencente empresa de jogos eletrônicos Williams.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Confabulando o fabular, Vol.2

Estive navegando pelo mar da web em busca de uma tradução decente de uma das fábulas de La Fontaine, mas fiquei à deriva. Por sorte encontrei um site de um professor da UERJ, onde havia não apenas a tradução de algumas fábulas de Fedro, como também as versões originais e vários "COMENTÁRIOS LINGÜÍSTICOS, LITERÁRIOS, FILOSÓFICOS E ESTILÍSTICOS", conforme apontava o cabeçalho do site.
Bem, de qualquer forma, a fábula de hoje é atribuída a Esopo, apesar de ter visto algumas fábulas no tal site sobre Fedro, que também são atribuídas a Esopo... É isso mesmo, como havia falado no post anterior, essas fábulas fazem parte da tradição oral, então...
Enfim, vou continuar com o Esopo e com a tradução do mesmo Antônio Carlos Viana para esse 2º volume de confabulando o fabular:

O Negro

Um homem comprou um negro achando que sua cor
era resultado da falta de cuidado do seu amo anterior
Levou-o para casa, e lá, entregando-lhe todo o sabão que tinha,
mandou-o tomar um banho para tentar clareá-lo.
Mas não conseguiu modificar-lhe a cor e o único resultado
de tanto trabalho foi fazer o negro ficar doente.
Assim nascemos, assim ficamos.


Faroleando o fabular:

R.I.P. Michael

quarta-feira, 9 de junho de 2010

"Pelas Caridade!!!"

O fluxograma, grade curricular ou ainda a estrutura curricular de minha graduação não mais existe, fiz parte de uma das últimas turmas com habilitação dupla (língua portuguesa e língua inglesa) do CCHLA da UFPB. Isso significou ter de passar 2 vezes pelo bendito estágio supervisionado. O de Língua Inglesa foi light e mais contemplativo. Já o de língua portuguesa demandava assumir a turma por um determinado período. Resolvi encarar numa boa e dedicar o último semestre do curso apenas para esse tal estágio. Foi a melhor decisão, pude me dedicar completamente e viver a experiência de forma completa.
O estágio ocorreu no IEP, aquela escola que fica ali na Camilo de Holanda, junto de várias outras, inclusive do Lyceu. Entre outras coisas, descobri que ela já tem mais de 100 anos. Como gosto do centro da cidade à tarde, foi a escolha obvia.
Turma e professora me receberam muito bem, mas devido a problemas com professores de Língua Portuguesa durante quase todo o ano, o conteúdo estava atrasado, e tive que adequar minha proposta que seria voltada à literatura e produção textual, às necessidades básicas da turma, que implorava por uma revisão de gramática (Oh my god!).
Como estávamos no final do ano, era o momento de concursos e vestibulares da vida. Numa das primeiras aulas uma aluna trouxe a proposta de redação do ENEM que havia sido anulado por fraude. Tive imediatamente um insight para trabalhar produção de texto e ainda usar um filme para sair da rotina. O tema girava em torno do idoso, como havia acabado de assistir o clássico do Neo-realismo italiano Umberto D, dirigido por Vittorio De Sica.
Comentei com a professora se tínhamos como viabilizar a idéia. Nas aulas seguintes sofremos um pouco para conseguir a TV e o DVD, mas tudo se arranjou e exibimos o filme. É no mínimo curioso ver a recepção de um filme (legendado) que não se encaixa no circuito dos blockbusters e que ainda foi fotografado em preto e branco.
Minha atividade consistia na produção textual de uma resenha crítica, já que outra professora havia solicitado uma resenha desse tipo para um dos eventos que havia ocorrido por lá. Na aula seguinte discutimos o filme e a recepção foi bem interessante para o que eu tinha em mente, uns gostaram, outros não. então pedi para expressarem seus motivos. Pronto... Estava ai o mote para a construção da tal resenha crítica e de minha aula.

(porque, por que, porquê ou por que?)

Não, eu não esqueci o título "esquisito" desse post. É que esse título ai se tornou algo engraçado na sala, pois num dos momentos de reiteração de algo que estava exemplificando ou solicitando um pouco de silêncio, que isso ai saiu bem espontâneo esse tal de "Pelas Caridade" sem concordância mesmo, pois onde eu vi, estava escrito assim.
Estava eu passando ali em frente ao Mangai e me deparei com esse aviso "desesperado" entre as réplicas em tamanho natural de duas reses:
"PELAS CARIDADE, NÃO SUBA NOS BOIS"
Isso ai ficou no meu inconsciente e saiu naturalmente na aula, (só a primeira parte... PELAS CARIDADE). É obvio que isso foi ouvido e gravado pelos alunos, ai já viu não?
Foi depois de receber as resenhas que tive vontade pela primeira vez de retomar as atividades de faroleiro, prometi que publicaria a melhor resenha por aqui. Com um pouco de atraso, confesso, mas no próximo post ela sai!
Dedico esse post a meus primeiros alunos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Confabulando o fabular

As fábulas de Esopo forneceram inspiração para escritores como Fedro e La Fontaine, que chegou a escrever um texto biográfico sobre o narrador grego. Tu, meu caro leitor, poderá reconhecer essas fábulas nos mais diversos recônditos, como por exemplo, numa música do Reginaldo Rossi, como é o caso d' A Raposa e as Uvas.

Consta em seus parcos dados biográficos que foi um escravo libertado de aparência estranha (ele era corcunda) e que viveu no século VI a. C. Seu último senhor se chamava Xanto. Esopo era um grande mestre nos domínios da arte de narrar. As estórias que lhe são atribuídas modelaram as bases da fábula como gênero literário.
Nessas estorietas os protagonistas eram em sua maioria animais, mas homens e deuses também eram retratados em algumas das narrativas. O final das estórias sempre reserva um caráter moral, educativo.
É bom lembrar que essas narrativas fazem parte da tradição oral, ou seja, não foi Esopo que as reuniu e escreveu. Vou tentar postar pelo menos uma de suas fábulas por semana aqui no Farol. A dessa semana é:

O Morcego e as Doninhas*

Um morcego havia caído no chão.
Veio uma doninha e o capturou.
Já ia matá-lo quando o morcego implorou:
-Deixa-me viver.
-Impossível -respondeu a doninha-, pois sou inimiga de todos os pássaros desde que nasci
-Eu não sou um pássaro disse o outro.
E a Doninha o deixou ir embora.
Pouco depois o morcego caiu de novo e foi pego por outra doninha.
-Não me comas -suplicou
A doninha disse:
Detesto ratos.
O morcego falou:
-Não sou um rato, sou um morcego.
Mais uma vez conseguiu se salvar.
Assim, mudando duas vezes de nome, escapou da morte. A cada perigo, uma nova feição.

*Existem diversas versões dessa fábula por ai, optei pela ótima tradução de Antônio Carlos Viana
editada pela L&PM na versão pocket. Essas edições de bolso da L&PM são as melhores nesse segmento e podem ser encontradas em diversos pontos de venda, tais como bancas de jornal e supermercados.


Faroleando o fabular:
Me parece que as doninhas o que tem "fofinhas" tem de "burrinhas". Ou então, como bem observou o primo Ariete A.K.A. Celobar:
"Rapaz, quem é meio cego é o morcego, mas acho que nessa fábula ai, as doninhas é que não enxergam muito bem."

A doninha acima é da raça black-footed (nigripes do Mustela). A imagem está hospedada no site North American Mammals.

sábado, 29 de maio de 2010

02 Anos Depois

Há exatamente dois anos era postado o "Bondelanche", que acabou ficando como o último texto que o Farol lançou luz.
Recordo bem aquele momento? Sei lá, mas era um tempo de tantas outras idéias e possíveis textos que por alguma boa razão deveriam sair da caverna e receber um pouco de luz. Mas aqueles primeiros meses de 2008 estavam recheados de novidades, que acabaram me afastando das atividades do Farol. O ano de 2009... Eita, aquele foi um ano bem mutante (acabei de dar play no Tecnicolor)...
Mudanças, mudanças, mudanças:
  • Residencial (traumática);
  • Saída do IESP (finalmente, já "fui" tarde...);
  • Fim de graduação (e tudo que isso acarreta)...
Todas elas merecem sim! A luz do Farol, e vamos tentar iluminar da melhor maneira possível, prometo!
Para fazer valer a promessa, a nova lâmpada do Farol desnudará primeiramente um dos momentos do final da graduação, mais precisamente o Estágio Supervisionado. É ele mesmo. =O
Aproveitei e joguei uma pintura nova nas paredes, troquei alguns refletores e a lâmpada que estava queimada. Pedi a ajuda de Wall-e, que foi muito agradável instalando um modelo bem potente.
Dedico essa "postagem" O.0 (não é a toa que abreviaram para "post") ao caro primo Matheus Ariete (vcs lembram do Ariete do He-man?): \0/ A.K.A. Celobar!
Que tanto me cobrou posts e se pronunciou de forma direta sobre o descaso com que vinha sendo tratado o Farol. Soube que ele procurou a rádio e até contatou o "Caso de Polícia," ambos sem sucesso. Recorreu ainda ao pessoal da Energisa, que disse não ter informações consistentes em relação ao (des) caso, e apesar de ser informação sigilosa, consentiu em confirmar que as contas daquele usuário felizmente estavam em dia.
Infelizmente não deu para nos encontramos hoje, dia do retorno ao Farol... Então ficou para uma próxima.
Logo abaixo um final alternativo. (Tá bem em voga esse lance do final alternativo, revistas com duas versões da capa da mesma edição).
PS. Achei o Ariete:
Eis o final alternativo:
Finalmente o crêtiiino veio me visitar, ele tá por aqui anotando em minhas mídias, pois sua letra é infinitamente melhor que a minha. Coitado, tem mais de 80 mídias para identificar! =O
Quem mandou não vir antes...